Biologia Pesqueira

A Biologia pesqueira estuda a pesca do ponto de vista biologico. Os biólogos que pertencem a este ramo da biologia esclarecem os pescadores e empresas que se dedicam à pesca acerca das quantidades máximas que cada espécie de peixe pode ser capturada sem que ponha em risco a continuidade dessas espécies. Além disso, os biólogos pesqueiros ocupam-se também das relações tróficas dos peixes e consequências para os ecossistemas marinhos da extinção dos mesmos.

Será a aquacultura uma solução para o futuro?

A aquacultura consiste no "cultivo de espécies aquáticas" em viveiro regulando a sua produção de forma a aumentar a criação das mesmas. Na aquacultura são utilizadas técnicas que se adequam a cada espécie criada como por exemplo a temperatura da água e o oxigénio nela dissolvido, a luz, ...


Vantagens:

• É uma solução para os países que não são próximos do mar e onde o é dificil que o peixe do mar chegue fresco;
• Preços razoáveis;

Desvantagens:

• Põe em causa a qualidade do peixe cultivado;
• Pode tornar-se nociva para o meio ambiente (pelos resíduos de antibióticos ou de matérias orgânicas lançados na água);
• Destruição dos litorais;
• Introdução de espécies não nativas nos ecossistemas locais (em caso de fuga);
• Provoca sobre-exloração piscatória;
• Para produzir um quilo de peixe em viveiro, são necessários muito mais para alimentar esse peixe;

Mas então é a aquacultura uma solução viável?

No que diz respeito à aquacultura, a nossa opinião é de que esta pode ser de facto uma solução para que espécies marinhas não se extingam. Contudo as consequências já apresentadas revelam que a aquacultura não é uma solução muito boa do ponto de vista biológico uma vez que provoca alguns danos ambientais.

Pensámos que é urgente a criação de novas alternativas à aquacultura que não afectam tanto o meio ambiente.

Consequências da extinção do bacalhau

Extinção de espécies:
Entende-se por extinção de espécies quando um ser de uma qualquer espécie animal ou vegetal desaparece.


O caso do bacalhau:
Como qualquer ser vivo, o bacalhau ocupa um nível trófico importante na cadeia alimentar. Cada animal (que não ocupe o 1º nível trófico) depende de um outro para sobreviver. Qualquer animal que se extinta provoca profundos desequilíbrios nas cadeias alimentares e consequentemente, alterações nos ecossistemas.
Se o Homem continuar a pescar o bacalhau da uma maneira excessiva como tem feito nos últimos anos fará com que este se extinga. Como consequências dessa extinção, os seres que ocupam o nível trófico inferior surgirão em grandes quantidades.
Já os seres que ocupam o nível trófico superior poderão ter dificuldade em adaptar-se a uma nova alimentação e extinguir-se-ão também por falta de alimento (caso o bacalhau seja a sua única fonte de alimento).

Bacalhau em vias de extinção

O bacalhau está em vias de extinção. A quantidade deste peixe nos mares tem vindo a diminuir ao longo dos anos, sendo essa redução maior nestes últimos anos. Como a sua procura e consequente consumo está a aumentar poderá vir a provocar o desaparecimento desta espécie.

Em conformidade com um estudo feito pelo Fundo Mundial para a Natureza o bacalhau poderá vir a desaparecer daqui a 15 anos. Ainda de acordo com esse estudo 70% do bacalhau desapareceu nos últimos 30 anos.

. Mas porque está o bacalhau em vias de extinção?

O Homem através da pesca intensiva (por vezes ilegal) que tem vindo a praticar sob este animal faz com que este esteja já considerado em vias de extinção.

O bacalhau é um peixe que uma vez preso não faz qualquer tentativa para se libertar, assim sendo a sua captura torna-se facilitada. São utilizadas redes de pesca de proporções gigantestas em que a sua malha é estreita e no acto da pesca trazem consigo grandes quantidades de bacalhau e outros seres "limpando o mar". A utilização deste tipo de rede permite aos pescadores capturaram bacalhaus que ainda não atingiram a idade adulta impedindo que se reproduzem preservando a continuidade da espécie.

É necessário que todos cooperem de forma a que o futuro desta espécie animal seja salvaguardado, caso contrário dentro de poucos anos desaparecerá dos mares.

Exemplo de uma técnica utilizada na pesca do bacalhau.

O bacalhau e relações tróficas

O bacalhau é um peixe muito preguiçoso e como tal, come um pouco de tudo. Alimenta-se de pequenos peixes, plâncton (fitoplâncton e zooplâncton), moluscos, crustáceos, algas,...

Por sua vez o bacalhau é comido por ursos polares, focas, aves do ártico e pelo Homem,...

Distribuição geográfica do bacalhau

A vermelho estão marcadas as zonas onde há uma maior concentração do bacalhau e a amarelo zonas onde a concentração não é tao elevada.

• Bacalhau está a fixar-se cada vez mais a norte:
  

Estudos feitos comprovam que está a ocorrer uma migração das espécies planctónicas para zonas mais a norte. Isto está a acontecer devido ao aquecimento global que vai aquecer as águas e as espécies adaptadas a temperaturas mais altas deslocam-se para zonas médias do Atlântico Norte, enquanto que as espécies que anteriormente ocupavam estas zonas estão a ser deslocadas para zonas sub-polares a polares. No Mar do Norte existe uma época do ano, de Março a Agosto, em que o bacalhau se alimenta de uma espécie de copépode calanóide (zooplâncton). Esta espécie abundava nestas zonas, mas com o aquecimento das águas foi empurrada para zonas mais a norte, surgindo em substituição uma outra espécie de copépode adaptada a águas de temperaturas mais elevadas. No entanto, esta nova espécie apresenta-se em período diferente da espécie anterior, de Agosto a Dezembro, não permitindo a engorda do bacalhau. Assim, para além de outros impactos sobre o bacalhau, nomeadamente a sobre – exploração, a migração do zooplâncton fez com que o bacalhau ficasse com menos alimento disponível, uma vez que também o biovolume desta nova espécie é inferior, fazendo diminuir a biomassa disponível para o bacalhau.

Fonte:http://cafeoceano.blogspot.com/2007/11/

caf-oceano-alteraes-climticas-o-papel.html

Um pouco sobre o bacalhau...

O bacalhau é um peixe ósseo de águas frias do Oceano Atlântico Norte, no Círculo Polar Ártico. É muito utilizado na gastronomia portuguesa, mas são também aproveitadas outras partes do seu corpo, para além da carne. São exemplo o fígado de onde se extrai óleo e a bexiga que serve para fazer cola.
Habitualmente nadam a cerca de 200 metros de profundidade, em grandes cardumes. É um peixe migratório, porque como está habituado a temperaturas mais frias está em constante viajem. Os bacalhaus comunicam entre si através de sons. É um animal simétrico ou seja, o seu corpo é igual do lado direito e do lado esquerdo.

Reprodução:

O seu período de reprodução é entre Janeiro e Abril. As fémeas têm a capacidade de desovar 6 milhões de ovos por ano. Contudo apenas alguns dos ovos conseguem evoluir. O bacalhau cresce muito depressa mas as fémeas só começam a pocriar quanto atingem os 7 anos e como muitas vezes são pescados quando ainda são pequenos e em grandes quantidades faz com que o este peixe esteja em vias de extinção.

Existem 3 espécies reconhecidas de bacalhau:

. Gadus morhua:

. Gadus ogac:

. Gadus macrocephalus: